quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Infância...



Fecho os meus olhos e me remeto a um passado encantado, minha infância, posso sentir seu cheiro, um cheiro de doce, de chuva, de bolo quente saindo do forno, de terra, cheiros que se misturam em um só, o cheiro bom da minha inesquecível infância....
Era uma época realmente mágica em que eu acreditava em Papai Noel o que tornava meu Natal ainda mais colorido, acreditava em conto de fadas, tinha amigos imaginários, brincava livre pela rua, corria na chuva, nadava pelada na sanga....Lembro-me da primeira vez que fui ao circo e o grande fascínio que aquele mundo de ilusões representou para mim, lembro dos lanches da tarde na casa da minha avó, acompanhado de bolo de fubá, ovo quente e pão com banha, das brincadeiras no quintal, das escaladas nas árvores, das gargalhadas estridentes, das histórias infantis que minha mãe me contava, dos abraços apertados que meu pai me dava quando eu sentia medo de alguma coisa e a sensação de que com aquele abraço nada de ruim iria me acontecer.....Lembro também das canções de Vinicius de Morais no “Arca de Noé, canções que tiveram um significado especial na minha vida, sinto tanta saudade, uma saudade gostosa, que aquece o meu coração e acalenta minha alma.
Essas lembranças estão marcadas em mim, não só nas cicatrizes dos tombos levados mas dentro de mim, bem lá no fundo da minha alma são marcas que nunca irão se apagar, nunca ninguém vai me tirar pois elas me pertencem। Vou levá-las comigo como um tesouro precioso, para todo sempre...
Tudo que vivi na infância hoje sei, com certeza, que se transformou em uma fundamental peça, do grande quebra cabeça que eu sou !!
Minha infância, travessa, inocente, curiosa e repleta de sonhos, sonhos de criança !!

5 comentários:

Unknown disse...

oi

Froilam disse...

Cris
tua crônica está maravilhosa.
me emocionou
formal e conteudisticamente
posso publicá-la no Expresso?
no lugar da minha coluna?
Bjoss

Unknown disse...

OI AMOR!
Lembra da poesia que escrevi que termina assim:

"Quem não tem saudade... não viveu"

Fico feliz em saber que tens boas recordações da tua infância, isso me dá a certeza que quando criança vc viveu intensamente aqueles momentos que jamais serão esquecidos.

Cristiane disse...

Cris... Divina ^tua história, lembrei da minha, trancada em apartamentos, ia a pracinha, viagens, mas aventuras ... nada.
No último paragráfo, "minha infância travessa..." Será que foi só na infância? Tenho certeza que não pois continua travessa, curiosa e repleta de sonhos.
muitos beijos, meu e do césar

FROILAM DE OLIVEIRA disse...

CRISTINA COGO MICHELON

Infância
Fecho os meus olhos e me remeto a um passado encantado, minha infância. Posso sentir seu cheiro, um cheiro de doce, de chuva, de bolo quente saindo do forno, de terra, cheiros que se misturam em um só, o cheiro bom da minha inesquecível infância. Era uma época mágica em que eu acreditava em Papai Noel, o que tornava meu Natal ainda mais colorido. Acreditava nos contos de fada que minha mãe contava. Tinha amigos imaginários. Brincava livre na rua, corria na chuva, nadava pelada na sanga. Lembro-me da primeira vez que fui ao circo e o grande fascínio que aquele mundo de ilusões representou para mim. Lembro-me dos lanches na casa da minha avó: bolo de fubá, ovo quente e pão com banha. Das brincadeiras no quintal, das escaladas nas árvores, das gargalhadas estridentes, dos abraços que o pai me dava quando sentia medo de alguma coisa (e a sensação de que com aquele abraço nada de ruim iria me acontecer). Lembro-me também das canções de Vinicius de Morais no “Arca de Noé”, canções que tiveram um significado especial na minha vida. Sinto tanta saudade, uma saudade gostosa que aquece meu coração. Essas lembranças estão marcadas em mim, não só nas cicatrizes dos tombos levados, mas dentro de mim, bem no fundo da alma, são marcas que nunca irão se apagar (tampouco alguém vai me tirar de lá, pois elas me pertencem). Vou levá-las comigo como um tesouro precioso, para sempre. Tudo que vivi na infância hoje sei, com certeza, que se transformou em uma fundamental peça, do grande quebra cabeça que eu sou.
Minha infância, travessa, inocente, curiosa e repleta de sonhos. Sonhos de criança !
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Cris,
posso editar assim?