quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tudo depende de mim!!!


Hoje levantei cedo pensando no que tenho
a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo…
ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro…
ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde…
ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por
não terem me dado tudo o que eu queria….
ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar…
ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa…
ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos…
ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei,
posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando
para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

“Tudo depende só de mim.”

Charles Chaplin

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Auto-Retrato

No retrato que me faço
- traço a traço –
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco –
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Terminado por um louco!


Mário Quintana

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


Ponha a saia mais leve,

Aquela de chita

E passeie de mãos dadas com o ar.

Enfeite-se com margaridas e ternuras

E escove a alma com leves fricções de

Esperança.

De alma escovada e coração estouvado,

Saia do quintal de si mesmo e descubra o

Próprio jardim.

Acorde com gosto de caqui

E sorria lírios para quem passe

Debaixo de sua janela.

Ponha intenções de quermesse

Em seus olhos

E beba licor de contos de fada.

Ande como se o chão estivesse repleto

De sons de flauta

E do céu descesse uma névoa de borboletas,

Cada qual trazendo uma pérola falante

A dizer frases sutis e palavras de galanteria,

E isso nos levará a leveza de nosso dia-a-dia.


Carlos Drummond de Andrade