Ponha a saia mais leve,
Aquela de chita
E passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras
E escove a alma com leves fricções de
Esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
Saia do quintal de si mesmo e descubra o
Próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui
E sorria lírios para quem passe
Debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse
Em seus olhos
E beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto
De sons de flauta
E do céu descesse uma névoa de borboletas,
Cada qual trazendo uma pérola falante
A dizer frases sutis e palavras de galanteria,
E isso nos levará a leveza de nosso dia-a-dia.
Carlos Drummond de Andrade
Aquela de chita
E passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras
E escove a alma com leves fricções de
Esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
Saia do quintal de si mesmo e descubra o
Próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui
E sorria lírios para quem passe
Debaixo de sua janela.
Ponha intenções de quermesse
Em seus olhos
E beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto
De sons de flauta
E do céu descesse uma névoa de borboletas,
Cada qual trazendo uma pérola falante
A dizer frases sutis e palavras de galanteria,
E isso nos levará a leveza de nosso dia-a-dia.
Carlos Drummond de Andrade
2 comentários:
lindos conselhos, é verdade, precisamos cultivar a beleza do bom humor.
bjosss...
em tudo isso é Primavera, o fresco perfume de sermos já quem você era.
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