terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pão Caseiro



Recentemente recebi a visita do meu amigo poeta, Froilam de Oliveira, presenteou-me com um exemplar de Vozes e Vertentes.No mesmo dia li rapidamente todo o livro. Passados os dias comecei a reler calmamente e, encontrar novidades ocultas que não percebi na primeira leitura. Ler “pão caseiro” é relembrar do passado, das pessoas, amigos, brincadeiras.



Pão Caseiro

 
Ninguém (que conheço)

Faz um pão

tão bom

quanto o pão

que a mãe fazia

seu pão

era tão bom

que ninguém

comia mais pão

que o pai

nenhum pão

que a mãe fazia

era tão bom

naqueles dias

que a gente

não sabia

quanto era bom

o pão dos dias

que brotava

de suas mãos.



Froilam Oliveira


















2 comentários:

FROILAM DE OLIVEIRA disse...

Cris
obrigado pelo post, transcrevendo um dos meus poemas. Minha mãe faleceu antes que eu lançasse Ponteiros de palavra, meu primeiro livro (em 2006). Você sabe do drama emocional por que passei. Um dia, sem muito pensar, escrevi o poema Pão Caseiro. A lembrança de quanto era bom o pão que a mãe fazia foi muito forte e me forçou a colocar no papel e publicar o que havia escrito.
Não há palavras para descrever a alegria que sinto por reencontrar você, minha colega de 1976, minha amiga hoje. Como gostaria dispor de mais tempo e oportunidade para conversar amenidades contigo, conhecer tua família... Foi legal contribuir com meu conhecimento e aprender com o contato com os professores municipais de Nova Esperança. Acusam-me de ser racional, mas chorei com alguns videos mostrados durante a apresentação dos trabalhos.
Você acredita?
Espero voltar.
Abç

Andradarte disse...

Feliz com o seu comentário...Bem
aparecida,....pois eu também adoro pão
caseiro, pelo que não admiro o seu gosto.
Felicidades....Beijo